Saindo das Cavernas...


“...veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.” Jo 11.38


Vez por outra a vida da um nó, dá tudo errado, agente sai envergonhado, a vontade é de se enfiar num buraco, de fugir da presença de todo mundo. Esse tipo de comportamento é mais normal do que pensamos e acontece há milhares de anos. A Bíblia nos relata inúmeras vezes em que homens grandes e poderosos não só pensaram assim, como assim fizeram. O profeta Elias após receber ameaça de morte da rainha Jezabel corre para o deserto e se esconde numa caverna (I Rs 19.9). Aconteceu também com os cinco reis que se ajuntaram para guerrear contra Gibeom e Josué (Js 10.1-27), após serem feridos em batalha se escondem numa caverna. 


É inevitável, os momentos que nos fazem querer se esconder acontecerão, e com muito mais frequência do que desejamos, e os motivos serão os mais variáveis possíveis. O grande problema é quando essa caverna se transforma em cova, aconteceu com os cinco reis, não quero aqui discutir o fato de eles merecerem ou não a morte, mas é lastimável quando nosso abrigo seguro se transforma num sepulcro, sepultando nossos sonhos, sepultando nossa esperança.


Mas isso não é motivo para muita preocupação, afinal a caverna pode ser também o lugar de onde ouvimos a voz de Deus, como aconteceu como Elias, ou melhor ainda, como aconteceu com Lazaro, conforme relata o versículo que inicia este texto, a caverna pode ser o lugar de onde se experimenta o sobrenatural de Deus. Pode ser que lá, agente ouça a voz de Cristo nos chamando para uma nova vida. “Lazaro, venha para fora!” Transformando nossa dor em glória. Afinal, se quisermos imitar a Cristo, temos que aprender a sair do sepulcro e continuar nossa caminhada para glória de Deus, que se revela em nossos atos. Quando entro em minhas cavernas, repito as palavras de Davi:


“[Davi, quando fugia de diante de Saul na caverna] Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.” Salmos 57.1


Gustavo C. Martins

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Um eterno estudante, eterno amante, do nada e de tudo, por todos e ninguém, sou você com outra roupagem, ou o oposto da sua identidade. @MartinsGust (Twitter)