DES-CONSCIÊNCIA


DES-CONSCIÊNCIA

Que perguntas fazem minh’alma?
Que respostas trazem lágrimas que escorrem e me acalmam?
Donde vem silencio encarnado?
Pra onde vai esperança, nesse oceano enlatado?
Quais duvidas subjugam minha fé?
Quais certezas mantém-me de pé?

Repudio parte humana do que sou,
Mesmo sendo aquilo que Ele criou?
Protesto então contra o próprio criador?
Quiçá eu seja fruto das escolhas em desamor?
Haja vista a injustiça que minha carne incita,
Quem culparei pelas memórias que me excitam?

Oh nobre consciência que me culpa por meus erros.
Quão miseráveis serão meus atos sob seu julgamento?
A essência que trago da divina imaginação,
Não me vale como prova de que sou fruto da criação?
Não, não, não. Não serei condenado por falta de opção.
Suas palavras oh mente ingrata,
A sombra de uma cruz faz questão de escurecer,
Fui por tudo inocentado, sem precisar me defender.



Gustavo C. Martins

O Grande EU SOU

Este Texto foi escrito especialmente para o evento COM TEXTO, que ocorre na Sociedade Biblica do Brasil (SBB) em parceria com a Igreja Batista da Redenção. Nesta Edição, tivemos como tema: PALAVRAS.


O Grande Eu Sou


Lancei palavras sobre o caos,
Escrevi sobre as águas a história da criação.
Alguns lêem como sinais,
Outros analfabetos nada mais.
Fiz do tempo uma crônica expressa em palavras,
Esquecidas por outras palavras, minha maior criação.

Minhas palavras ecoam no som dos pássaros
No quebrar das ondas na beira da praia,
Ecoam na imagem do sol que se esconde
Olhando ao longe sobre os montes,
Palavras vividas, sofridas em feridas pelo desejo de amar,
Reescritas em sangue que pelas vestes escorrem pra memória pintar.

Transformaram minhas palavras em leis
Crucificaram minha criação, amor e poesia.
Dia após dia, repito palavras no silêncio
Mas só enxergam palavras escritas,
Distorcem minhas palavras ditas
Fazem da graça, desgraça maldita.

Repito palavras em outro Com Texto
Invento novos pretextos,
Dou som às palavras não ouvidas
Palavras lançadas sobre o caos,
Dou vida às palavras não lidas
Destruídas por homens maus.

Palavras têm poder para mudar uma narrativa
Têm poder para transformar a desordem,
Ah, se todos entendessem as minhas palavras
A poesia da vida seria contada e cantada ainda no Éden,
Enquanto isso vou dizendo as mesmas palavras banhadas em dor
Somente uma coisa vos peço, amor, somente uma coisa vos peço, amor...


 
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Gustavo Claudiano Martins

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Um eterno estudante, eterno amante, do nada e de tudo, por todos e ninguém, sou você com outra roupagem, ou o oposto da sua identidade. @MartinsGust (Twitter)