Um abrigo para o Cristo

   Era domingo, uma semana após deslizamentos provocarem várias mortes em Sapucaia/RJ, mais de trezentas pessoas estavam abrigadas numa mesma escola, sem a esperança de poder um dia voltar para casa, desabrigados. Enquanto um grupo se reunia para consolar as vitimas, uma senhora dizia sem nenhum constrangimento: “Minha igreja é grande, se quiséssemos poderíamos fazer um bom trabalho com esta gente, mas não dá, estamos em festa na nossa igreja.” A tal “irmã” pertencia a uma igreja que ficava num bairro próximo.


  Parece repulsivo, desumano, certamente nem um pouco cristão. Entretanto, catástrofe após catástrofe, as igrejas permanecem inertes, “celebrando”, festejando, abrindo as portas domingo após domingo para cultuar a um deus criado, incapaz de transformar suas vidas. Indiferença, insensibilidade.

   Sob os escombros, e os lares levados, sonhos sepultados ao som da comunidade cristã que clama egoistamente pelo cumprimento da “promessa”, pela manifestação do milagre. Se há um motivo pelo qual as vitimas dos desastres continuam desabrigadas, é porque o Cristo não encontrou abrigo nos corações que dizem que O adora.

   Certamente quem não O conhece, não conseguirá enxerga-Lo sob os escombros dos templos. Dar um abrigo para o Cristo, é dar um abrigo para o pobre, para a viúva e para os desabrigados.

“Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.“ Amós 5:23



Gustavo C. Martins

Somente Ele...



Somente Ele


Acalma minh ‘alma,
Tuas mãos minha cama
Descanso me traz
 
Ameniza minha dor
Tuas lágrimas meu bálsamo
Amor, paz
 
Endireita meus pés
Teus passos sofridos
O caminho se faz
 
Desencobre minha visão
Teus olhos minha luz
Sentido me traz
 
Fortifica meus braços
Tuas mãos pregadas
Sustentam a paz
 
Purifica meu sangue
Tuas veias se abrem
O caminho se faz



Gustavo C. Martins 

Anjos que não vemos...


“E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho.”      1 Reis 19:7

De uma pergunta boba um teólogo sábio ensinou grande lição, perguntaram-lhe se as parábolas que Jesus contava aconteceram ou não, respondeu ele que não era o caso se aconteceram ou não, o fato é que elas acontecem diariamente, só mudam os atores. Dias desses perguntaram-me se eu acreditava em anjos. Lembrei-me do inicio da minha caminhada cristã, quando levado por ilusões emotivas orava a Deus pedindo pra ter a capacidade de ver os anjos, num sei por que cargas d’água desejava tanto isso.

Hoje entendo, e percebo como Deus sempre responde nossas orações, o problema é a nossa incapacidade de contemplar as respostas. Passados dez anos, posso dizer com toda certeza que vejo anjos, não só os vejo, convivo com alguns. Sim, anjos, como os anjos bíblicos, aqueles que sempre traziam uma mensagem que transformava a vida de quem as ouvia, anjos que traziam alimento para sustentar a caminhada, anjos como o André e a Márcia, como o Léo e a Táta, como o Anderson e a Cris, como a Fabiola. “Mensageiros de Deus” (lembro-os de que este é o significado da palavra anjo) que sustentaram meus pés. Sem eles certamente seria impossível minha caminhada. Ah sim, nesse meu caminho surgiram outros anjos que aqui não foram citados, e foram muitos, alguns sem nome.

Já vi e ouvi muita gente tentando descrever os anjos celestiais, besteira, a parte que nos importa no reino de Deus, não é saber como eles são, mas como eles agem, as vezes de forma sobrenatural, outras nem tanto, e tão naturais que são, nem percebemos que podemos vê-los.


Gustavo C. Martins

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