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Amar sem A
Amar sem A
Dias desses percebeu o poeta que o mar era amar sem a.
São borboletas destas que nascem no estomago e desaprendem a voar.
De vez em quando se ajuntam e por impulso se empurram formando ondas que beijam a praia.
Enquanto isso cantam melodias que nos fazem sonhar.
Ah sim, quando as ondas se dobram as borboletas relembram a ferocidade do amor que explode e leva a suas anteninhas.
Que voam, voam longe, tocam o rosto do poeta, maresia.
O poeta recebe um beijo da sua amada, abre os olhos e descobre que o mar é só mar, mas o amor faz poesia em nossos olhos...
Gustavo Martins
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Com Calos me Calo...
Com Calos me Calo...
Eu me calo,
Com calos
Falo,
Evangelho sem atalhos
Pra vidas em retalhos,
Levadas na água
Agora lavadas
Em água da vida.
Boas novas
Escritas,
Em suor e tintas,
Vai nascendo vida
em videira,
Vieira.
Longe do templo
“perdendo” meu tempo
Sou só um servente
Aprendiz de carpinteiro
Ex-engenheiro.
Com calos
Eu falo
Pros “santos” me calo...
Gustaco C. Martins
Marcadores: Sentidos , Teopoética
Somente Ele...
Somente Ele
Acalma minh ‘alma,
Tuas mãos minha cama
Descanso me traz
Ameniza minha dor
Tuas lágrimas meu bálsamo
Amor, paz
Endireita meus pés
Teus passos sofridos
O caminho se faz
Desencobre minha visão
Teus olhos minha luz
Sentido me traz
Fortifica meus braços
Tuas mãos pregadas
Sustentam a paz
Purifica meu sangue
Tuas veias se abrem
O caminho se faz
Gustavo C. Martins
Marcadores: Sentidos , Teopoética
É vida...
É dia
Não espere o céu estrelado,
É primavera
Não espere as folhas no chão,
É domingo
Não espere o suor do trabalho,
É amor
Não espere aperto de mão,
É vida
Não espere pela eternidade,
É eternidade...
Gustavo C. Martins
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O silencio da cruz
O silêncio da cruz
Do horizonte o sol lança o brilho sobre sua face
Para além dela sua sombra toca o solo banhado em dor.
Ao redor percebem-se as marcas da guerra
Deixou transcrito na história sinônimo de amor.
Tua imagem, um desenho de dois traços
Símbolo que expressa morte, que revela vida.
Em seus extremos furos que não são obras de carpintaria
Não foi a mão que te produziu que saiu ferida.
Aprisionastes o único réu sem culpa alguma
Sepultou em seus braços a salvação da humanidade.
Sobre sua cabeça a lapide que despreza quem você é
Pois não é seu nome que lembrarão na eternidade.
Não quero em minha mente ver-te por um corpo encoberta
Quero a lembrança da esperança que guardas oh rude Cruz
Quero o teu silencio em minhas orações
Pois você não foi capaz de aniquilar meu salvador, Jesus.
Gustavo C. Martins
Marcadores: Teopoética
Presidios...
Presidios
Estou sozinho
Fecho a porta dos meus sonhos
Meus pés se atrapalham em escombros
Alcanço os trincos da janela
Os vidros estão em estilhaços
Mesmo assim abro pra sentir teus braços
Tocam-me no sussurrar do vento
É noite fria
E a vida dorme livre lá fora
Como fiquei preso nesta casa?
Como Te engaiolei, e cortei Tuas asas?
Existem vários sozinhos aqui comigo
Ensinaram-me a Te esperar aqui dentro
Enquanto isso Você vive lá fora
Você me disse como Te encontrar
Meus pais me doutrinaram a sentar e esperar
Não existem pobres, doentes, órfãos e viúvas.
Você dorme lá fora.
O frio aqui estremece a alma
Lá fora ele estremece o corpo
Quem te prendeu do lado de fora?
Roubou as chaves das portas trancadas e levou embora.
Acho que tenho cópias
Mas tenho medo, afinal também é frio lá fora.
Fico aqui confiando na religião,
Ela é minha igreja, meu templo,
Ela é meu conforto, talvez minha condenação...
Gustavo C. Martins
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DES-CONSCIÊNCIA
DES-CONSCIÊNCIA
Que perguntas fazem minh’alma?
Que respostas trazem lágrimas que escorrem e me acalmam?
Donde vem silencio encarnado?
Pra onde vai esperança, nesse oceano enlatado?
Quais duvidas subjugam minha fé?
Quais certezas mantém-me de pé?
Repudio parte humana do que sou,
Mesmo sendo aquilo que Ele criou?
Protesto então contra o próprio criador?
Quiçá eu seja fruto das escolhas em desamor?
Haja vista a injustiça que minha carne incita,
Quem culparei pelas memórias que me excitam?
Oh nobre consciência que me culpa por meus erros.
Quão miseráveis serão meus atos sob seu julgamento?
A essência que trago da divina imaginação,
Não me vale como prova de que sou fruto da criação?
Não, não, não. Não serei condenado por falta de opção.
Suas palavras oh mente ingrata,
A sombra de uma cruz faz questão de escurecer,
Fui por tudo inocentado, sem precisar me defender.
Gustavo C. Martins
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O Grande EU SOU
Este Texto foi escrito especialmente para o evento COM TEXTO, que ocorre na Sociedade Biblica do Brasil (SBB) em parceria com a Igreja Batista da Redenção. Nesta Edição, tivemos como tema: PALAVRAS.
O Grande Eu Sou
Lancei palavras sobre o caos,
Escrevi sobre as águas a história da criação.
Alguns lêem como sinais,
Outros analfabetos nada mais.
Fiz do tempo uma crônica expressa em palavras,
Esquecidas por outras palavras, minha maior criação.
Minhas palavras ecoam no som dos pássaros
No quebrar das ondas na beira da praia,
Ecoam na imagem do sol que se esconde
Olhando ao longe sobre os montes,
Palavras vividas, sofridas em feridas pelo desejo de amar,
Reescritas em sangue que pelas vestes escorrem pra memória pintar.
Transformaram minhas palavras em leis
Crucificaram minha criação, amor e poesia.
Dia após dia, repito palavras no silêncio
Mas só enxergam palavras escritas,
Distorcem minhas palavras ditas
Fazem da graça, desgraça maldita.
Repito palavras em outro Com Texto
Invento novos pretextos,
Dou som às palavras não ouvidas
Palavras lançadas sobre o caos,
Dou vida às palavras não lidas
Destruídas por homens maus.
Palavras têm poder para mudar uma narrativa
Têm poder para transformar a desordem,
Ah, se todos entendessem as minhas palavras
A poesia da vida seria contada e cantada ainda no Éden,
Enquanto isso vou dizendo as mesmas palavras banhadas em dor
Somente uma coisa vos peço, amor, somente uma coisa vos peço, amor...
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Gustavo Claudiano Martins
Marcadores: Teopoética
Humano Desumano
Humano Desumano
Desumanizo,
O humano que não é
O ser que não é humano
Leva o nome do ser que devia ser
inverso do verso que leva seu nome
desumano
não amo, sou humano
não sou humano
falta humanidade na humanidade
que somos
humanos, desumanos que somos.
Gustavo C. Martins
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